Musa


À semelhança de uma outra ocasião, fica aqui um poema meu a pedido de outros. Neste caso, a premissa era pegar num primeiro verso de um poema de Régio e improvisarmos o resto, como melhor assim o entendêssemos.

Em itálico, encontramos então o José e logo a seguir o Lino. Esta ideia podia pegar. Intertextualidade poética no seu melhor.








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Centos de doidos vivem neste hospício
e cantam
um qualquer quarto andamento
de um concerto para uma voz
sumida.

Torna-me o verbo claro e infinito,
tolda-me a Musa o som de um reco.

Aconteci-me assim,
néscio com tanta catadupa rítmica.
Faz-se o desenquadramento à rima,
porque o vocábulo, esse não mente
quando vem do ventre.

Centos de doidos vivem neste hospício
e cantam.
As suas vozes não são desconhecidas,
são todas elas minha e minhas.

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