Dedos de escriba


Certa noite sonhei que escrevia com o dedo. Nunca mais me esqueci deste sonho. A tinta saía negra e grossa, como tirada de um pincel. Como se no lugar de vasos sanguíneos o meu dedo indicador tivesse um tubo de esferográfica, daqueles de plástico transparente, que usava a boca do meu dedo para falar pela folha branca afora.

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