O Menino do Mar

Ontem, à procura de uma outra coisa, encontra-me este poema escrito por mim em 2005. Há 14 anos atrás, então. Encontra-me, naqueles encontros com pessoas de quem perdemos o hábito de encontrar numa rua, ou num outro espaço público.

Quase não me conhecia já assim. De versos tão ingénuos e tão inacabados. Partilho-o, com as certezas da sua verdade imóvel no tempo. E, sempre, sem reservas.


O Menino do Mar

Ele traz-me canções
Encontradas nas ondulações
de Julhos distantes

Elas falam de marujos
Embrulhados no marulho
de uma concha quebrada

O Menino do Mar
Ensinou-me a cantar
e eu segui-o

Os meus versos
Envia-mos dispersos
como brisas à deriva

E eu continuo atrás dele

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