Artérias de vida(s)

Ser bom ouvinte sempre me ajudou a compreender melhor o mundo que nos rodeia, precisamente porque é através das histórias dos outros que nos apercebemos da fragmentação do universo que, paradoxalmente, é o reflexo da sua e da nossa própria universalidade. De sentimentos, de experiências, de anseios, de tudo que compõe o tecido humano.

Ainda no seguimento da publicação anterior, encontro hoje esta citação de Henry David Thoreau, de quem ando a ler o seu seminal "Walking" --

«Never look back unless you are planning to go that way»

Uma boa caminhada é algo que gosto muito de fazer sempre que o tempo e a disponibilidade me permitem. Renova-me interiormente. Completamente. Thoreau introduz-me ao conceito do "saunterer", peregrinos da Santa Terra. Todos nós percorremos um caminho. Cabe-nos alargar os horizontes desse caminho, para que a experiência nos enriqueça. Se possível, reciprocamente. A capacidade de dar e de nos darmos é, muitas das vezes, um vício inerente em estado de latência. Que bom que é quando nos damos conta disto mesmo. E ainda vamos a tempo.

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