Sossegos adiados

«Não sei de prazer maior, em toda a minha vida, que poder dormir. O apagamento integral da vida e da alma, o afastamento completo de tudo quanto é seres e gente, a noite sem memória nem ilusão, o não ter passado nem futuro.»

«Meu coração dói-me como um corpo estranho. Meu cérebro dorme tudo quanto sinto.»

«Há momentos em que tudo cansa, até o que nos repousaria.»


Fernando Pessoa, in O Livro do Desassossego (1982, 1.ª edição)

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