Verdes tempos


Abrir gavetas que já não são abertas há muito tempo, tem disto -- encontram-se escritos há muito caídos no esquecimento, empurrados pelo ritmo de dias em frenética catadupa. Data de agosto de 2007 e plasma nas suas linhas alguém muito próximo de encontrar a sua voz. Aqui fica. Mais uma vez, sem reservas.

O musgo e os mortos

Imóveis -
de semblantes distantes
e gestos infindos
carregados de mitos e ritos
esculpem a paisagem
em eternos instantes

Frias -
de olhares de alabastro
e melenas de musgo
desenganadas da sorte e da morte
esculpem o tempo
em pacíficos pastos

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gaveta de arrumos